Você já parou para pensar em como você articula os sons da sua fala?
Provavelmente não. Geralmente não fazemos isso. Falar é um ato motor que raramente requer uma reflexão sobre como articular determinada palavra. Isso acontece quando dizemos algo que não estamos habituados (eu mesmo antes da faculdade de fonoaudiologia tinha que pensar em sílaba por silaba para pronunciar: “FO-NO-AU-DIO-LO-GIA”).
Agora imagine como é isso para uma criança que está aprendendo a falar. E olhe que este processo não é tão rápido quanto parece. Ele vai até cerca dos 6 anos de idade, quando a aquisição da linguagem está praticamente completa.
Muitos pais tem dúvida de até quando é normal uma criança falar elado [errado]. Esse tipo de alteração articulatória, onde se troca o “R” pelo “L” ou a produção do som é distorcida, é conhecida como DISLALIA. Nos quadrinhos podemos achar o jeito que o Cebolinha fala muito fofo e bonitinho, mas não é.
Esse tipo de fala em crianças pode trazer uma série de prejuízos para a socialização. Na escola, por exemplo, os coleguinhas de turma podem zombar de uma criança que apresenta esse tipo de fala, pois remete a uma fala infantilizada. Além disso, pode confundir a criança ao aprender a linguagem
escrita.
A dislalia é causada porque ao tentar fazer o som o “R”, a língua não vibra e produz o som do “L. Um dos fatores que podem provocar isso é o uso de mamadeira, chupeta, hábito de roer unhas ou sugar os dedos ou até mesmo a língua. Devemos estar atentos à questão da audição, pois esta é a principal forma que nossos pequenos aprendem a falar.
Alguns fatores psicológicos podem levar a criança a ter uma fala mais infantilizada do que esperado, fazendo com a ela produza alguns sons de forma incorreta. Bom, já falei demais. Agora vão algumas dicas de como lidar com a dislalia caso sua criança esteja falando elado:
- A dica mais importante é procurar um especialista – o fonoaudiólogo. Nós que faremos uma avaliação completa de como anda o desenvolvimento da fala e indicaremos o melhor jeito para tratar a dislalia
- Evite apontar que a criança está falando de forma incorreta, diga a forma adequada para que ela fixe o jeito certo (Ex: “Ah, você não quer que eu coloque o pão no prato”)
- Estimule a fala com atividades que sejam divertidas e que possam ajudar a criança a perceber o modo correto de como articular essas palavras
- Tenha paciência e espere o tempo da criança. Cobrar e pedir para falar do jeito certo pode deixá-la ansiosa e provocar outros problemas como a gagueira
E lembre-se, se uma você tem um filho, um sobrinho ou uma criança que esteja falando de uma maneira que dificulte o entendimento, procure ajuda. Não existe jeito melhor de expressar o que sentimos do que a fala, então vamos cuidar dela!
Fonoaudiólogo Raul Lúcio
CRFa 2 – 19778
Facebook: Fgo. Raul Lúcio
E-mail: fgoraul@gmail.com
Provavelmente não. Geralmente não fazemos isso. Falar é um ato motor que raramente requer uma reflexão sobre como articular determinada palavra. Isso acontece quando dizemos algo que não estamos habituados (eu mesmo antes da faculdade de fonoaudiologia tinha que pensar em sílaba por silaba para pronunciar: “FO-NO-AU-DIO-LO-GIA”).
Agora imagine como é isso para uma criança que está aprendendo a falar. E olhe que este processo não é tão rápido quanto parece. Ele vai até cerca dos 6 anos de idade, quando a aquisição da linguagem está praticamente completa.
Muitos pais tem dúvida de até quando é normal uma criança falar elado [errado]. Esse tipo de alteração articulatória, onde se troca o “R” pelo “L” ou a produção do som é distorcida, é conhecida como DISLALIA. Nos quadrinhos podemos achar o jeito que o Cebolinha fala muito fofo e bonitinho, mas não é.
Esse tipo de fala em crianças pode trazer uma série de prejuízos para a socialização. Na escola, por exemplo, os coleguinhas de turma podem zombar de uma criança que apresenta esse tipo de fala, pois remete a uma fala infantilizada. Além disso, pode confundir a criança ao aprender a linguagem
escrita.
A dislalia é causada porque ao tentar fazer o som o “R”, a língua não vibra e produz o som do “L. Um dos fatores que podem provocar isso é o uso de mamadeira, chupeta, hábito de roer unhas ou sugar os dedos ou até mesmo a língua. Devemos estar atentos à questão da audição, pois esta é a principal forma que nossos pequenos aprendem a falar.
Alguns fatores psicológicos podem levar a criança a ter uma fala mais infantilizada do que esperado, fazendo com a ela produza alguns sons de forma incorreta. Bom, já falei demais. Agora vão algumas dicas de como lidar com a dislalia caso sua criança esteja falando elado:
- A dica mais importante é procurar um especialista – o fonoaudiólogo. Nós que faremos uma avaliação completa de como anda o desenvolvimento da fala e indicaremos o melhor jeito para tratar a dislalia
- Evite apontar que a criança está falando de forma incorreta, diga a forma adequada para que ela fixe o jeito certo (Ex: “Ah, você não quer que eu coloque o pão no prato”)
- Estimule a fala com atividades que sejam divertidas e que possam ajudar a criança a perceber o modo correto de como articular essas palavras
- Tenha paciência e espere o tempo da criança. Cobrar e pedir para falar do jeito certo pode deixá-la ansiosa e provocar outros problemas como a gagueira
E lembre-se, se uma você tem um filho, um sobrinho ou uma criança que esteja falando de uma maneira que dificulte o entendimento, procure ajuda. Não existe jeito melhor de expressar o que sentimos do que a fala, então vamos cuidar dela!
Fonoaudiólogo Raul Lúcio
CRFa 2 – 19778
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