Oftalmologistas alertam para aumento de casos de miopia em crianças

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Férias de verão são oportunidade de cuidados com os olhos e check-up oftalmológico
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Férias de verão são oportunidade de check-up oftalmológico

A miopia é um problema de saúde pública que tem aumentado sua incidência nos últimos anos em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 2,5 bilhões de pessoas convivem com essa condição no mundo, 59 milhões, no Brasil. Esse erro refrativo que afeta a visão à distância comumente aparece na infância, e oftalmologistas têm visto seu surgimento cada vez mais cedo. Algumas das causas apontadas em estudos são o uso excessivo de telas eletrônicas e a menor exposição solar. Nas férias, é comum a garotada ficar mais tempo em frente à TV, celulares e videogames. Mas quais são os cuidados recomendados para evitar desconforto visual e problemas oftalmológicos?

Na terça-feira (6/12), às 18h30, as oftalmopediatras Diana Danda, do Eyecenter (RJ), e Patrícia Vigas, do DayHORC (BA), estiveram na live “Oftalmopediatria: pequenos olhos, grandes responsabilidades”, para compartilhar mais informações sobre esses e outros assuntos sobre saúde ocular infantil. O bate-papo foi realizado no Instagram @grupo_opty e @dayHORC.

Embora muitos pensem que o único problema quando se trata da miopia são os custos de óculos e lentes de contato, o fato de muitas crianças ficarem míopes cada vez mais cedo e aumentando o grau ano após ano, podem torná-las adultos com alta miopia. “Pessoas com elevado grau de miopia podem não ser boas candidatas para uma cirurgia de correção a laser para o erro refrativo e também apresentam maior risco de desenvolver glaucoma, descolamento de retina e outros problemas oculares graves, daí a importância do diagnóstico e controle desde a infância”, comenta a Dra. Diana Danda.

No Brasil, são 12,8 milhões entre 5 a 15 anos de idade com diminuição visual por erros de refração não corrigidos, conforme o levantamento “Diretrizes de Atenção à Saúde Ocular na Infância: Detecção e Intervenção Precoce para a Prevenção de Deficiências Visuais”, do Ministério da Saúde.

O estilo de vida das crianças tem se tornado um fator dos mais significativos, quando o assunto é miopia. A garotada tem passado menos tempo ao ar livre e mais em frente a eletrônicos ou lendo, em atividades em ambientes fechados, utilizando muito mais a visão de curto alcance. Além disso, o uso de telas por crianças cresceu de forma exponencial durante a pandemia, seja para estudo ou lazer. E isso se refletiu em mais visitas ao oftalmologista ou aumento de miopia.

“Os pais estão mais preocupados com as queixas de dificuldade visual e sintomas relacionados ao uso excessivo de telas, como a sensação de olho ardendo, coceira e aumento da frequência ao piscar. O que temos notado são crianças que não usavam óculos estão passando a usar, e aquelas que já usavam estão apresentando graus mais altos”, conta a oftalmopediatra. Essa percepção corrobora o levantamento do CBO que demonstra ao menos 72% dos médicos entrevistados relatando crescimento de diagnósticos de miopia em pacientes na faixa entre zero e 19 anos, além de agravamento de casos já detectados.

Em 2021, pesquisa do Journal of the American Medical Association (Jama) já havia apontado que o número de diagnósticos de miopia quadruplicou durante o confinamento, em comparação com anos anteriores.

A principal causa da miopia é a herança genética, mas a exposição excessiva a telas e a redução do tempo ao ar livre contribuem para o surgimento e progressão do erro refrativo. Os oftalmologistas aconselham que sejam feitos ajustes na rotina dos jovens para melhorar a saúde ocular e controlar a condição. “Sabemos o quão difícil é fazer as crianças evitarem os eletrônicos, mas elas não devem passar muito tempo ininterrupto na frente das telas. É importante monitorar para que não fiquem muito próximo das telas, procurar piscar os olhos para melhor lubrificação ocular, e incentivar pausas para dar a oportunidade de olharem para longe e diminuírem o esforço visual acomodativo”, recomenda a oftalmopediatra.

A Sociedade Brasileira de Pediatria orienta evitar a exposição de crianças menores de dois anos às telas, mesmo que passivamente. Na faixa entre dois e cinco anos, a recomendação é de no máximo uma hora diária de tela e, entre seis e dez anos, duas horas por dia.

Prevenção – Durante as férias, os pais ou responsáveis acabam passando mais tempo com os filhos, criando a oportunidade perfeita para verificar certos comportamentos que podem indicar miopia. “Se os filhos estiverem assistindo TV muito de perto, coçarem os olhos com frequência ou aproximarem objetos para enxergar melhor, podem estar com dificuldades para enxergar à longa distância”, comenta a médica.

O check-up oftalmológico é fundamental para o diagnóstico de deficiências visuais ou problemas não detectados pelos pais. De acordo com a oftalmologista, até os dois anos de vida, o ideal são visitas ao oftalmologista a cada 6 meses. A partir daí, a frequência deve ser anual, se a criança não apresentar nenhuma condição oftalmológica. Caso ela já use óculos ou tenha necessidade de uma avaliação mais frequente, o acompanhamento varia caso a caso.
Divulgação/Opty
Diana Dana, oftalmopediatra, alerta sobre os cuidados 
com a exposição das crianças às telas eletrônicas
Para a Dra. Diana Danda, a saúde dos olhos é mais um motivo para as crianças se movimentarem em atividades em áreas externas nessas férias. “A exposição ao sol é um fator protetor no controle do aumento da miopia e deve ser estimulada, com a prática de esportes e brincadeiras ao ar livre. Por outro lado, é importante usar acessórios como óculos de sol e bonés para proteger os olhos dos raios ultravioleta. Também deve-se proibir brincadeiras com objetos pontiagudos, não usar canudos, palitos e correr com lápis na mão”, diz a médica. “E em caso de acidente com produtos químicos, tinta ou areia, por exemplo, é imprescindível lavar em abundância os olhos com água corrente e procurar atendimento oftalmológico o mais rápido possível.

Sobre o Opty

O Grupo Opty nasceu em abril de 2016, a partir da união de médicos oftalmologistas apoiados pelo Pátria Investimentos, que deu origem a um negócio pioneiro no setor oftalmológico do Brasil. O grupo aplica um novo modelo de gestão associativa que permite ampliar o poder de negociação, o ganho em escala e o acesso às tecnologias de alto custo, preservando a prática da oftalmologia humanizada e oferecendo tratamentos e serviços de última geração em diferentes regiões do País. Nesse formato, o médico mantém sua participação nas decisões estratégicas e concentra seu foco no exercício da medicina. Em cinco anos, a Opty soma mais de 12 milhões de atendimentos – entre consultas, exames e procedimentos cirúrgicos.

Atualmente, é o maior grupo de oftalmologia da América Latina, agregando 26 marcas, totalizando 81 unidades, mais de 2.850 colaboradores e 1350 médicos oftalmologistas. Além das marcas próprias HOBrasil (BA, DF, RJ e SP) e Centro Oftalmológico Dr. Vis (DF, PE, RJ e SC), fazem parte dos associados: o Hospital Oftalmológico de Brasília (DF), Hospital de Olhos INOB (DF), Hospital de Olhos do Gama (DF), Visão Hospital dos Olhos (DF), Instituto de Olhos Freitas (BA), o DayHORC (BA), Instituto de Olhos Villas (BA), Oftalmoclin (BA), OftalmoDiagnose (BA), Hospital de Olhos Santa Luzia (AL), Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem (SC), Centro Oftalmológico Jaraguá do Sul (SC), Sadalla.Smart (SC), HCLOE (SP), Visclin Oftalmologia (SP), EyeCenter Oftalmologia (RJ), COSC (RJ), Oftalmax Hospital de Olhos (PE), UPO Oftalmologia – Unidade Paulista de Oftalmologia (SP), HMO – Hospital Medicina dos Olhos (SP), Visão Center (PE), Íris Oftalmo (PE) e CEOP – Centro de Olhos do Pará (PA). Visite www.opty.com.br.

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