Mesmo com os impactos do ramo de entretenimento infantil terem sofrido uma pequena queda em atividades presenciais devido a pandemia de COVID19, este mercado ainda segue em alta, e projeta um crescimento significativo para os próximos anos.

De acordo com a 18ª Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia 2017-2021, da PwC, o mercado de mídia e entretenimento crescerá a uma média anual de 4,2% nos próximos cinco anos. Em 2021, a projeção foi de que faturou mundialmente US$ 2,23 trilhões.

Para realizar essa pesquisa, 17 segmentos do setor foram analisados em 54 países, representando cerca de 80% da população mundial.  No Brasil, o faturamento do setor de mídia e entretenimento se aproxima dos US$ 43,7 bilhões em 2021.

Entre estes setores, está o de entretenimento infantil, que em muitas de suas vertentes, tem apresentado também um crescimento.

Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), o segmento de varejo voltado para crianças cresce cerca de 6% ao ano.

Entre 2013 e 2019, de acordo com dados da Euromonitor, o volume de vendas anual de produtos do setor cresceu 45,6%, somente no Brasil. Passando de R$ 2,7 bilhões para R$ 3,9 bilhões.

E mais: Das dez maiores bilheterias da história do cinema, seis são produtos focados no público infanto-juvenil. Se falarmos em canais de Youtube, os que mais fazem sucesso em território brasileiro são direcionados para este nicho.

Lazer e entretenimento infantil segue em alta no Brasil

Quem vê resultados positivos para o mercado de nicho infantil são também franquias direcionadas para os pequenos. É o caso da YouPlay, espaço de entretenimento infantil que oferece brinquedos e diversos tipos de brincadeiras para as crianças.

Depois de passar por um momento crítico com a pandemia, a rede viu uma expansão de unidades que deixou o tamanho da rede 300% maior durante o ano de 2021, com o indicador de vendas nas mesmas unidades 10% acima do que se obtinha antes da pandemia, projetando um crescimento de 100% n número de franqueados para os próximos três anos.

De acordo com Giuliano Carioca, CEO da Youplay Group, franquia que oferece espaços de entretenimento infantil, “o crescimento do mercado infantil, até o início da pandemia, obtinha taxas de crescimento compatível com as taxas de natalidade reportadas pelo IBGE, não tendo nenhum tipo de oscilação significativa. Com a pandemia, a realidade de ter que prover entretenimento e educação dentro dos lares criou oportunidades para o desenvolvimento de conteúdo digital e o aumento significativo de oportunidades para entrantes nesse mercado e empresas já estabelecidas para a criação de novos tipos de serviços e receitas. Entendemos que o mundo digital ainda é pouco explorado para conteúdo infantil educativo e de entretenimento, com muito espaço para novos empreendedores e modelos de negócio disruptivos, tanto para serviços existentes quanto para novos serviços concebidos para ambiente digital, mas com componentes associados a um no ambiente físico.”

Os negócios focados no mercado infantil já se mostraram promissores em diversos países. Não é diferente no Brasil. Mesmo porque no país existem mais de 38,79 milhões crianças com idade de até 13 anos.

Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor de franquias infantis movimenta R$ 2 bilhões por ano no Brasil.

Ainda de acordo com as informações do órgão, houve um crescimento de 6,9% em 2021 no setor de lazer e entretenimento, que engloba também as franquias direcionadas para o público infantil. Já quando falamos no aumento no número de unidades, o crescimento foi de 9%.

A YouPlay, por exemplo, teve um aumento de 21 entre os anos de 2019 e 2021.

“Os serviços voltados ao público infantil e aos pais e responsáveis em suas tarefas de criação e desenvolvimento de suas crianças pode ser entendido da mesma forma que o mercado de energia, alimentação, vestuário e outros considerados perenes ao atender necessidades básicas da sociedade”, aponta Giuliano Carioca, CEO da Youplay Group. “Sendo assim, o empreendedorismo nessa indústria encontrará sempre um público consumidor, com demanda reprimida pelos poucos operadores dessa indústria e pelas lacunas existentes na variedade e qualidade de produtos e serviços. Por considerar a criação de seus filhos algo nobre e um dever prazeroso, os consumidores dessa indústria realizam investimentos e consomem produtos de alto ticket que muitas vezes não consomem para si, sendo, portanto, um mercado com altas margens de lucro em se tratando de varejo ou serviços.”

A ABF também indica que as franquias deste nicho faturam cerca de R$ 2 bilhões todo ano. Isso inclui empresas de entretenimento, calçados, brinquedos e mais.